Bebeu zurrapas, foi insultado e bateu com o nariz em muitas portas. Uns tomaram-no por fiscal, outros por burlão e até por repórter da TVI.
Durante um ano, Francisco Pedro partiu de Leiria e correu o país em busca das melhores tabernas de Portugal.
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Em vez do vinho, procurou imagens. Visitou quase 70 tabernas, fotografou 50 - as que se mantêm fiéis à imagem que idealiza: rústicas, com pipas, balcão e tecto de madeira e muita penumbra.
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.A responsabilidade era grande.
O amigo e escultor Abílio Febra preparava uma exposição sobre vinho com João Cutileiro e desafiou-o a participar. Assim começou a recolha fotográfica que levou Francisco Pedro, jornalista a tempo inteiro, artista nas horas vagas, de Bragança a Serpa, da Nazaré ao Marvão. Sempre de máquina na mão e conversa na ponta da língua para convencer taberneiros e taberneiras do país.
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O resultado está na Anadia, no Museu do Vinho da Bairrada.
Além dos melhores ângulos entre tintos e brancos, encontrou também muita solidão. “As tabernas estão em crise. Antes tinham pipas de dois e três mil litros. Agora, algumas vendem só dois ou três garrafões por mês ”.
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